quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tantas almas presentes

Tantas almas presentes, inteiras e únicas,
Cada qual com seu sonho,
Cada qual com seus desejos,
Cada qual com suas angustias.
E com seus medos.

De cada sonho, fez-se 15 sonhos,
De cada desejo, 15 desejos,
De cada angústia fez-se 15 angústias,
E 15 medos.

Somos muitos, e sonho nunca é demais.
Somos muitos e as angústias repartidas não pesam tanto...
Ou pesam tanto que é necessário dar as mãos
Dar abraços... Dar beijos...

As palavras às vezes dão lugar aos olhares,
Dão lugar ao silêncio,
Silêncio mágico da imaginação.
Ou do silêncio mágico do branco absoluto.
Ou do silêncio mágico do negro absoluto.
Da caixa negra de sonhos.
Da caixa negra de histórias mil.

E o mundo tão imenso e tão vasto...
Cabe aqui nas nossas mãos.
Pelo simples fato de sermos livres e leves...
E termos a alma repleta de sementes... Belas sementes.

Larissa Bianchi

Beleza

Marina meu mar
A diversidade, o ser abstrato
A brisa suave e os primeiros raios da manhã
Nascer, o respirar
Ouvir a voz de quem se ama
No inverno aquecer os pés na mamãe
O cheiro de terra molhada
Tomar banho e tomar leite debaixo do pano
O sorriso desdentado de uma anciã
Dar as mãos...
É tanta coisa né?

(Poema feito em conjuto pelo Grupo NIT - Núcleo de Investigação Teatral)
03/07/08
Márcia, Rodrigo, Rafael, Joubert, Graciela,
Ester, Michele, Camila, Naná, Larissa e Zé Maurício.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Quero você

Quero você longe de mim...
Pois longe de mim não lhe causo tanto mal...
Quero você longe de mim...
Pois longe de mim sinto-te mais presente...

Quero você perto de mim...
Pois sou egoísta e possessiva...

Quero você perto de mim...
Pois assim meus olhos te vêem e meu coração entende...

Meus olhos te vêem e meu coração entende.

Estúpido coração...
Não basta a carne presente
Estando a alma distante...

Não basta ver os olhos, e eles não estarem ali...
Não basta sentir o beijo, e somente os lábios estarem ali...

É preciso um pouco mais de presença daquilo que torna aquele ser indispensável...
É preciso um pouco mais daquela essência que mantêm o corpo vivo...
É preciso um pouco mais de vida viva... aquilo que faz o corpo pulsar...
Aquilo que faz o beijo beijar a alma...
Aquilo que faz a íris ter vida e ver....

É preciso um pouco mais...

Por isso...
Só por isso...
Por te quere pleno e vivo...
Vou me abster de você...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chuva


Um canto largo e contínuo
Milhões de felicidades ao vê-la
Cada gota viva, limpa
Cada gota viva, alimenta
Me mata a sede, salva
Corre fresca no asfalto
Some ligeira na terra seca

Queria molhar meus pés na terra úmida
Barro... de Terra e de Chuva

Queria brincar de barro...
Entoado pelo canto da Chuva...
Canto gostoso, como um barulhinho bom!

A Magia de Nós Dois

É como a palavra que vira canção
É como o som que vira silêncio...
se transforma e pronto!
E agora está sendo cantanda no ouvido de alguém
Com uma voz suave e baixinha
Quase um carinho...
Logo depois vira um silêncio
Seguido de paz...
Vira um abraço silencioso,
Com certeza um carinho...

Cartola do Criador

Num instante escuridão
No outro imensidão
São tantas paixões
Em um só corpo
São tantos corpos
Em um só corpo.
As lágrimas não são falsas
O riso não é falso
São meus e não são meu...

Sem contar quando no meio da história
O fantástico invade a cena
E te
Faz chorar
E te
Faz sorrir

Sonhos de infancia...
Uma cortina do passado
Corta o silêncio
E inventa uma canção bonita
Que o palhaço pega e brinca
E te leva a brincar com a saudade

Criar sonhos
Gerar vida
Viajar no imaginário
Cantar com os mudos
E dançar com os aleijados
Ser Deus e ser o Diabo
Ou, não ser nada

E assim caminhar
Com os olhos humanos
E com alma de artista.
Calar junto ao silêncio
E gritar na multidão
Fazer enxergar
E fazer ouvir
A quem quiser enxegar
A quem quiser ouvir.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Prazeres

Ouvir o barulhinho da chuva ao acordar.
Abraço apertado de conchinha.
Cheiro de pão quentinho com manteiga.
Canto de passarinho.
Ver um bom filme
No sofá da sala com cobertor numa tarde fria e chuvosa.
Sussurro no ouvido.
Fruta doce da estação.
Reunião com os amigos.
Amigos.
Almoço de domingo.
Família reunida.
Viajar de carro,
Viajar de ônibus,
Viajar.
Perceber.
Ouvir.
Descobrir.
Canção.
Mistério.

Poema


Singela é a canção deste instante silencioso.
Instante em que comporta o infinito
Infinito que comporta o todo e o belo.

O silencio é belo...
Quantos o conseguem ouvir?

Escuta.... xiii.....
Silêncio....
Sente...
Sente?
Xiiiii...

E é como se ele tivesse a força de mil abraços...
Risos... alguém já sentiu mil abraços?

Quando me deixo envolver pelo silêncio
É como se mil abraços me envolvesse.